Superação – O Milagre da Fé é um clichê da vida real

Com um elenco de peso, Superação – O Milagre da Fé realmente surpreende ao nos levar o conhecimento da inexplicável recuperação de John Smith (Marcel Ruiz de One Day At a Time). Para os que não sabem a obra foi baseada em um livro escrito pela mãe do menino de 14 anos, sendo assim é uma história real, aconteceu mesmo de fato e isso é o mais surpreendente porque ninguém sabe explicar como o garoto se recuperou sem sequelas.

O acidente aconteceu em 2015, enquanto brincava com seus amigos em um lago congelado, o gelo rachou e aí iniciou-se a nossa trama.

A proposta do longa é atingida com sucesso, não é para ser a maior obra de todos os tempos, é pra contar a história de vida de John e principalmente para mostrar como tudo foi para aqueles ao seu redor, principalmente sua mãe, Joyce (Chrissy Metz de This is Us), que com uma fé forte permaneceu acreditando na recuperação do menino, mas claro ninguém é de ferro e sim vemos em alguns momentos ela fraquejar em sua fé, o que torna tudo mais humano. Em toda a sua duração, o filme é tocante e não sei se estava vulnerável no dia, não sei se era pela minha proximidade com os atores, que já conheço de outras obras, mas acontece que me permitir ser tocada pela história e devo dizer que até caiu um cisco no meu olho.

Toda a dramatização funciona super bem, temos todo o sofrimento enfrentado pela mãe em ver o corpo do seu filho inerte, sem vida. É doloroso e a Chrissy é uma atriz maravilhosa tanto em This Is Us quanto no longa conhecemos a dor que ela consegue transpor de sua personagem. Assim fica extremamente difícil não se comover.

Antes de tudo, é preciso manter em mente qual a temática do longa, Superação – O Milagre da Fé já indica pelo seu título que terá um cunho mais religioso e é até compreensível, uma vez que a autora do livro carrega sua visão e ela é uma cristã. No entanto, em comparação com tantas outras obras, esse filme não trata a história com um olhar de intolerância religiosa, o que deveria ser super comum, mas que não é. Joyce simplesmente compartilha sua fé, sem impor aos outros. Não vemos uma tentativa de conversão descarada e forte, vemos que o propósito não é esse. É só o testemunho do que aquele “milagre” representou na vida deles. E é tudo bem assistir e enxergar de outra forma, é pra isso que serve as artes para as múltiplas interpretações e visões serem expostas.

Inclusive, algo que quero destacar como muito positivo na trama é justamente o fato de a fé abordada serve mais como um suporte emocional aos envolvidos, seja a fé que for ela tem sim poder em ajudar algumas pessoas a enfrentar obstáculos, a ajudá-las a se manter firmes e fortes diante tempos ruins. Outro elemento que me chamou a atenção é o quanto a empatia é trabalhada, seja por meio dos colegas, dos amigos, a grande questão é em certo ponto todos se comoveram a interceder e enviar energias positivas a John. Isso é o mais lindo porque uma das explicações para a sua recuperação pode ser justamente essa uma atmosfera de preocupação, de amor, como sua mãe diz próximo de encerrar o longa, como que suportamos as coisas sem a força do amor.

Enfim, Superação – O Milagre da Fé traz uma mensagem linda de reflexão sobre alguns valores, como o amor, a união, a determinação, coisas que são humanas, mostra a nossa impotência em saber de tudo, afinal pouco temos controle das coisas. Mas, o principal é que independente do que for sempre temos a capacidade de ter empatia, de lutar enquanto ainda houver chance. Clichê, mas um clichê da própria vida real.


Superação – O Milagre da Fé estreia hoje nos cinemas.

Tagarelem conosco: ficaram surpresos em saber que era baseado em uma história real?

Até a próxima tagarelice e lembrem-se de ter empatia sempre!

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