Vingadores: Guerra Infinita | Uma ode da Marvel a todos os fãs de herois

Vingadores: Guerra Infinita | Uma ode da Marvel a todos os fãs de herois

O tão aguardado Vingadores: Guerra Infinita é um trabalho de 10 anos da Marvel, que desde Homem de Ferro vem encaixando cada um de seus filmes no MCU. Cada história, cada personagem teve seu momento certo para ser apresentado, é aquele trabalho bem pensado e cuidadoso, que a gente para e pensa “meu deus, que genial.” A Marvel exerceu uma senhora paciência, pois como bem sabemos esperar não é algo lá muito forte no ser humano, mas para que seja bem feito é preciso trabalho duro, equipe talentosa e o tempo planejado para tudo acontecer. E bom, ela tinha tudo isso. Foi uma espera que valeu a pena, pois 10 anos depois a produtora conseguiu construir o maior crossover de super heróis da história do cinema e fez mais, chocou os fãs e espectadores, de tal forma, que ao final do filme, a sala estava em absoluto silêncio, talvez alguns ruídos de choro. Ninguém esperava que a Marvel fizesse o que fez.

Sinopse:

Homem de Ferro, Thor, Hulk e os Vingadores se unem para combater seu inimigo mais poderoso, o maligno Thanos. Em uma missão para coletar todas as seis pedras infinitas, Thanos planeja usá-las para infligir sua vontade maléfica sobre a realidade.

Muito se fala da exaltação que se faz a Marvel no cinema e não é a toa, a reputação da mesma foi construída aos longos dos anos, foi pensando e planejando seu cenário dentro do cinema, foi projetando cada filme e fazendo questão de ligar cada um, algo que a DC, por exemplo, não vem fazendo. Ah, que chato comparar, talvez seja, mas ambas estão dentro de um mesmo nicho, que buscam quase que as mesmas propostas, são diferentes? São, mas não nos impede de olhar o que uma está acertando que a outra não está. A Marvel tem acertado por definir o seu caminho, ao se arriscar e tentar inovar dentro de suas propostas, ela trabalha bem com as personalidades que tem e tenta ao máximo destacar as coisas boas que de seus personagens – que é exatamente onde a DC vem errando, como aconteceu recentemente com Liga da Justiça
A gente vê claramente isso em Guerra Infinita, com 2 horas e 30 minutos de filme, foi possível desenvolver a história e trabalhar com os personagens, sem ser maçante, trazendo essas figuras conhecidas por nós ao longo desses 10 anos. Nossa relação com eles, não é de hoje, por exemplo, nem o próprio T’Challa que teve seu filme solo lançado esse ano é desconhecido por nós, ele foi introduzido bem antes e com seu próprio longa foi possível nos ligar a seu universo ainda mais. Outra coisa a se exaltar é o incrível desempenho em retratar seus personagens mais antigos, talvez, os primeiros, que já acompanhamos tanto de suas trajetórias que poderia cair no mais do mesmo, só que não, a Marvel não esquece suas histórias, está tudo dentro de um mesmo universo, então ela explora bem isso. O Thor, por exemplo, em Ragnarok conhecemos seu lado mais humorado, mas vivemos também as suas perdas, que são mais recentes, então em Guerra Infinita acompanhamos esse outro aspecto do Thor. As coisas que cada heroi/heroína vivenciou em sua própria trajetória pessoal importa e traz consequências para as suas vidas, para suas personalidades.

Vingadores: Guerra Infinita | Uma ode da Marvel a todos os fãs de herois

Vingadores: Guerra Infinita | Uma ode da Marvel a todos os fãs de herois
O terceiro filme dos Vingadores tem uma duração bem grande, no entanto, em nenhum momento ela parece longa, isso porque somos sugados pela tensão e nervosismo do que significa esta vinda do Thanos, falando nele, assim como Killmonger, é um dos vilões mais “humanos” do MCU, não é apenas mal, por ser, mas entra naquela discussão do que é certo e o que é errado e como praticamente tudo não é preto no branco. Thanos tem um propósito, tem um motivo para realizar certas atitudes, muitas delas tendo que sacrificar vários aspectos de sua vida. O complexo exagerado que tem de si, também o faz se enxergar como uma divindade portadora de uma coragem, que apenas ele possui. Vemos nuances e isso é incrível. Não é a toa que em outros filmes da Marvel já havia sido citado ele, a construção do seu poderio enquanto vilão vem um pouco também da sua reputação e já vamos para o cinema temendo essa figura, pois sabemos por aqueles que confiamos, os herois, seu temor por essa divindade, que inclusive é passada para nós. 

É louvável o quanto a equipe responsável por desenvolver o longa é competente, conseguiram lidar com algo extremamente complicado que é manusear as diferentes personalidades e egos, de mais de 30 personagens. Outro elemento passível de exaltação é o quanto Guerra Infinita apesar de seu humor, fotografia colorida e trajes tecnológicos, se mostra um filme pesado e que consegue nos destruir ao longo de sua narrativa. Isso pode ser visto também como uma resposta da própria produtora para aqueles que dizem que os filmes da Marvel não conseguem ser dark, sombrios, que trabalham apenas com a comicidade. Há determinados momentos divertidos e cenas em que talvez tu não consiga parar de rir, mas traz em outros, situações pesadas, em que a gente lida com sensações e sentimentos bem dramáticos, entre eles, a perda, o sacrifício, o luto.

Vingadores: Guerra Infinita | Uma ode da Marvel a todos os fãs de herois

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A divisão dos núcleos de personagens em pequenas equipes, que para eles não foi proposital, decorreu da necessidade ou do próprio acaso, em que cada grupo estaria exercendo uma submissão, me fez lembrar muito os quadrinhos, mais especificamente do AranhaVerso, arco que andei lendo do Spider-man. O que foi uma escolha bem inteligente, uma vez que nos dá essa dimensão de um Universo compartilhado da Marvel, literalmente, em que conhecemos outros cenários além da Terra e também por não tornar a narrativa maçante, pois as trocas nos ajudam a não se perder em um só ritmo. Dentro desse assunto ainda, vale ressaltar o quão sincronizadas foram as cenas de lutas em conjunto com as equipes, em nenhum momento, vemos um sendo mais poderoso do que outro, pois suas habilidades se somam, cada uma delas é necessária e todas se tornam uma só.

Enfim, Guerra Infinita só não é o melhor filme da Marvel, pois a Pinguim não consegue escolher entre o terceiro filme dos Vingadores e Pantera Negra. O longa versa sobre sacrifício, amor, perda, luto e acima de tudo trabalho em equipe, o quão necessário é valorizar as habilidades do outro. No entanto, o mais importante é sobre o questionamento que vem com a trama, de que as vezes o certo e o errado não é tão fácil de definir, algumas coisas são bem complexas e não exigem respostas pré-definidas. Só nos resta tentar analisar o contexto todo, além de entender que cada situação é uma situação. Mais um incrível trabalho da Marvel, desta vez tendo por elemento surpresa o choque e o inesperado desfecho que fez o silencio imperar na sala de cinema.

Vingadores: Guerra Infinita | Uma ode da Marvel a todos os fãs de herois

Essa ode cinematográfica recebe:

(5 de 5 pinguinzinhos)
Nota da Pinguim: Feiticeira Escalarte arrasou demais, teve um desenvolvimento digno. Pode vir Thanos para a parte dois que a gente tá preparados dessa vez!

A estreia foi dia 26 de Abril. O filme se encontra em cartaz nos cinemas.

Se você ainda não foi no cinema assistir, se prepara para sofrer, rir e chorar. Agora, se você já assistiu, então bem, você sabe do que eu estou falando. Vamos sofrer juntos tagarelando nos comentários: Vocês choraram? Se tremeram? Mas, o principal ficaram com vontade de entrar na tela e arrancar a cabeça do Thanos? Ou foi só eu?

Acompanhe a Pinguim mais infinita e Tagarela das redes sociais:
Até a próxima tagarelice e lembrem-se Thanos está vindo.

2 Replies to “Vingadores: Guerra Infinita | Uma ode da Marvel a todos os fãs de herois”

  1. Diferente de outros filmes do gênero, como o recente ‘Liga da Justiça’, por exemplo, isso é desenvolvido com cuidado para que todos possam brilhar, e brilham de fato, cada um em seu momento. O que parecia mais difícil foi vencido de forma satisfatória. Dave Bautista me surpreendeu no elenco, é de admirar o profissionalismo deste ator, trabalha muito para se entregar em cada atuação o melhor, sempre supera seus papeis anteriores, o demonstrou em blade runner 2017, é um dos grandes filmes de Hollywood e o melhor filme de ficção cientifica! Se vocês são amantes do género, este é um que não devem deixar de ver.

  2. Eu vejo todo mundo (literalmente todo mundo) falando desses filmes de heróis e me sinto um ET por raramente ver esse tipo de filme. Na verdade, os únicos heróis que eu realmente acompanhei foram os X-Mens haha. Até tenho vontade de assistir e me inteirar por essa saga, mas são tantos filmes, informação demais pra mim. De toda forma, talvez isso aconteça um dia igual aconteceu com Harry Potter… adorei a resenha, moça! <3

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