Thor: Ragnarok | Um marco eletrizante e cômico na história do heroi

Thor: Ragnarok | Um marco eletrizante e cômico na história do heroi

O terceiro filme do universo de Thor, o heroi nórdico e deus do trovão, tem por diretor Taika Waititi que nos presenteia com o seu característico humor, o que vai ditar o tom do longa. Thor: Ragnarok é um “filme bem importante para a fase 3 do MCU (Marvel Cinematic Universe)” palavras de Kevin Feige, diretor da Marvel Estúdios.
Antes de tudo, vale ressaltar que o filme se passa 2 anos após os eventos de Vingadores: A Era de Ultron e 4 após Thor: Mundo Sombrio, além de se passar ao mesmo tempo de Vingadores: Guerra Civil e Superman: Homecoming. Estão situados?

Vamos a sinopse?

Thor está aprisionado do outro lado do universo, sem seu martelo, e se vê em uma corrida para voltar até Asgard e impedir o Ragnarok – a destruição de seu lar e o fim da civilização asgardiana – que está nas mãos de uma nova e poderosa ameaça, a terrível Hela. Mas primeiro ele precisa sobreviver a uma batalha de gladiadores que o coloca contra seu ex-aliado e vingador – o Incrível Hulk.

Assim como sua importância se estende a fase 3 da Marvel nos cinemas, Thor: Ragnarok é também de extrema importância para a própria história do heroi, uma vez que há mais sobre a origem do personagem e do próprio mundo em que vive, além de apresentar mudanças e descobertas a respeito de sua família. Conhecemos assim, mais profundamente quem realmente é Thor, sua mitologia e mais especificamente quem faz parte dela. Mais importante ainda é que as mudanças e descobertas do heroi no longa ditará como as coisas serão a seguir.

Thor: Ragnarok - Hela | Um marco eletrizante e cômico na história do heroi
Novos personagens foram muito bem introduzidos, sendo um dos destaques a vilã Hela, interpretado pela Cate Blanchett, que entregou uma atuação incrível trazendo o tom e as características que a vilã tanto precisava. Hela é ambiciosa, puramente maldosa, sendo, a deusa da morte e, portanto, sendo completamente poderosa. Cate personificou exatamente isso, merecendo todo reconhecimento, pois conseguiu tornar palpável a elegância combinada com a maldade de Hela. Segundo o roteirista Eric Pearson, a vilã foi a personagem mais difícil de escrever e podemos perceber isso devido a toda intensidade que a personalidade dela possui, o que torna a atuação de Blanchett ainda mais impressionante.

Introduzindo outros elementos da mitologia nórdica, temos a Valquíria, interpretada por Tessa Thompson, figura muito conhecida por servir a Odin. A atuação de Tessa também deve ser ressaltada, a atriz conseguiu imprimir toda a personalidade marcante e intensa da Valquíria. Além disso, Valquíria é muito boa lutadora e vemos traços da sua personalidade em que a bravura se faz presente, além de possuir opiniões fortes. O desenvolvimento da Valquíria é muito bem feito, suas motivações e origens são apresentados de forma consistente. Alguns outros elementos da mitologia foram introduzidos, além do próprio Ragnarok que o título carrega, mas a Pinguim evitará comentar para privá-los de spoilers.

Temos muitos personagens explorados na trama, Hulk se faz muito presente, afinal como combater o Ragnarok sem ele, não é mesmo? Vemos as nuances e diferenças entre das personalidades entre o Banner e o grande (mais para enorme) Hulk. Algo muito interessante foi a escolha de incluírem um pouco da história de Planeta Hulk, edição 98 do quadrinho O Incrível Hulk para o arco no planeta Sakaar, a dinâmica entre o alter ego do Bruce Banner dentro de seu “próprio” planeta foi o principal elemento de inspiração para as cenas em Sakaar, a intenção é fazer com que Hulk tenha a sensação de que pertence a algum lugar, bem interessante, não?

Explorar o lado cômico do Chris Hemsworth foi o grande acerto, devido ao tom humorístico que o longa possui, a naturalidade com que o ator de Thor apresentou o seu humor, foi importante para a construção de sua personalidade mais descontraído, mais natural, mas sem deixar de ter a potência de um guerreiro. Por consequência disso, temos um Thor muito mais humanizado, que constantemente, tira sarro e ri de si mesmo. Gostamos mais assim!

Thor: Ragnarok | Um marco eletrizante e cômico na história do heroi

A naturalidade foi algo bem explorado pelo Taika, uma vez que houve pequenos improvisos em algumas falas, certo uso da pausa durante os diálogos também, o que eu descobri que diz muito a respeito do estilo do diretor, que já usou esses recursos em suas obras anteriores e que para Thor: Ragnarok foi uma escolha interessante, uma vez que complementou o lado cômico que a obra tem, dando um toque diferenciado.

Algumas piadas e momentos de humor caem muito bem, podemos dar altas risadas e a Pinguim não está brincando quanto a isso, nos divertimos demais com a histórias e as situações. Algumas tiradas são realmente hilárias. Mas, se por um lado a utilização desse recurso nos agregou divertimento, por outro a mão pesou um pouquinho na medida, pois as cenas mais dramáticas perderam um pouco do seu impacto, algumas perdas que deveriam ser sentidas pelos personagens e até mesmo por nós tiveram sua intensidade reduzida por todo o clima de descontração criado em cenas anteriores, mas a Pinguim gostaria de ressaltar que isso não é algo necessariamente ruim, a proposta era trazer mais leveza à trama que possui conteúdos com peso bem dramático e que já teve esse lado mais bem explorado nos filmes anteriores.

Thor: Ragnarok | Um marco eletrizante e cômico na história do heroi

A Marvel tem se descoberto cada vez mais em cenários em que há bastante do cômico e tá tudo bem, né?

A fim de complementar ainda mais o clima criado no longa, temos a paleta de cores, que as traz mais vibrantes e mais vivas, em diversos momentos o filme é bem colorido, de encher os olhos, digo. A escolha da trilha sonora foi algo excepcional, as músicas entoaram cenas em que a ação era precisa, dando ritmo para as lutas e combates, tornando tudo eletrizante, uma especialidade do deus do trovão, não é mesmo?

A fotografia é lindíssima e destaco o cenário de Asgard, além de todas cenas no espaço, que foram embaladas por sons que nos remetiam a Star Wars, inclusive, nos créditos constava a LucasFilm, acredito que a semelhança não é apenas coincidência, viu? Aproveito para enaltecer o quão bem desenvolvido foi elementos do universo da própria Marvel, fazendo usos de easter eggs e referências. Além de explorar a variedade que ele pode proporcionar, temos a sensação de que existe muito mais acontecendo à parte daqueles eventos e isso é excelente para a construção da ideia de que os momentos ocorridos dos outros filmes estejam acontecendo simultaneamente e até mesmo a impressão de que já aconteceu ou vai que acontecer, como a conexão e ponte para possíveis ocorrências da, então, esperada Guerra do Infinito.

Thor: Ragnarok - Valquíria| Um marco eletrizante e cômico na história do heroi

O ponto alto da trama é mostrar a interação de seus personagens, sem ser forçado, além de fazer bom uso da vasta quantidade de figuras que possui, tivemos a introdução de vários personagens distintos em características físicas, de espécies, nacionalidades e, principalmente, em originalidade de personalidades. Eles sabem que a gente ama conhecer criaturas novas, diferentes, divertidas, né?

Quanto ao roteiro, tivemos uma boa construção da história, os elementos essenciais para o desenvolvimento dos personagem foram bem elaborados, sendo, possível a compreensão de quem são e além, é claro, de ser capaz de atar o enredo para os filmes a seguir, como Vingadores: Guerra Infinita. Temos clareza e perfeito entendimento do propósito do filme e de seus protagonistas, com diálogos que reforçam a interação sincronizada deles e ainda de bônus temos um final surpreendente.

Thor: Ragnarok | Um marco eletrizante e cômico na história do heroi

Thor: Ragnarok não traz elementos inovadores para o gênero dos filmes de herois, mas se apresenta como transformador para a história do heroi. Apesar de alguns efeitos fracos quanto ao CGI  trazendo uma irrealidade aos monstros e criaturas, muitas vezes, o cenário oitentista expresso em cores, figurinos e música trazem todo divertimento que a história precisava. Assim como todas as cores vibrantes e o humor vieram para revelar que um novo Thor vinha surgindo, uma nova fase, e, sendo, portando, aquela que o deus do trovão merecia.

Nota da Pinguim: é um dos filmes mais leves e divertidos da Marvel depois de Guardiões da Galáxia, é claro, aquela turminha realmente conquistou o seu espaço.

Falando em nota, não podemos esquecer, Thor: Ragnarok leva para casa…

(4 de 5 pinguinzinhos)

Confere também a nota do IMDb:

Tagarelem comigo, estão com expectativas para o filme? Já assistiram? Querem assistir? Gostam de Thor? Temos muitas tagarelices para colocar em dia como vocês podem ver.

E, ainda, acompanhe a Pinguim, deusa da tagarelice, nas redes sociais:

Olha a Pinguim bem plena posando com os heróis


Nota, antes que eu esqueça: A cena pós crédito é muito interessante, fica aquele suspense no ar quando ela acaba e juro a ansiedade para Guerra Infinita aumenta bastante, mas me refiro a primeira cena, pois de uma espera demoradinha tem outra, mas essa, confesso, não vale a espera.

Até a próxima tagarelice e lembrem-se de nunca confiar em cobras!

2 Replies to “Thor: Ragnarok | Um marco eletrizante e cômico na história do heroi”

  1. Oi Tais <3

    Acredita que eu me acostumei já? É meio que automático e quanto mais eu percebo esses detalhes, mais empolgada fico. Acabo aproveitando bem mais.

    AAAA, que demais, fico extremamente feliz de trazer essa experiência com a escrita <3

    HAHAHAHAHHA acredita que eu vivo confundindo algumas atrizes também, principalmente se elas foram parecidas.

    Beijos da Pinguim!

  2. Uma pergunta que eu sempre me fiz: Será que os críticos de cinema conseguem curtir o filme na totalidade tendo que prestar atenção em tantos detalhes como fotografia, trilha sonora, efeitos, interpretações e tudo o mais que tu mencionou no post???
    Guria, esse post ficou incrível!!! Me senti na sala de cinema, tchê!
    E, óbvio, fiquei com muito mais vontade de ver o filme.
    Achei familiar o rosto da Cate Blanchet, mas juro (que vergonha!), não a tinha reconhecido. Assim como a "Valquíria", eu tinha quase certeza que era a Michelle Rodriguez (Velozes e Furiosos) mas tinha algo nela que parecia diferente… Claro! Não era ela hahahaha
    Parabéns pelo post.

    Um beijo.

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