The OA | A narrativa que instiga curiosidade

A Netflix possui muitos materiais originais incríveis de bons, não é mesmo? E The OA é um deles, com certeza. A série possui poucos episódios, ao total são oito, e cada um com uma média de uma hora de duração. É daquelas perfeitas para maratonar, em um final de semana vai ligeirinho. Fica aí a dica aos seriadores de plantão. 
Os criadores Brit Marling (também interpreta Prairie, a personagem principal) e Zal Batmanglij (Diretor da série) propõem uma história que mistura ficção cientifica com elementos sobrenaturais. A premissa, devemos dizer, é bem diferente e percebemos isso ao longo do desenvolvimento da trama. 

Para entender melhor do que estou falando, confira a sinopse e o trailer: 

Mas antes recomendo, que se você quiser maior surpresa sobre a história, não leia a sinopse ou veja o trailer. Quando assisti não sabia nada a respeito e logo no piloto fiquei impressionada com um plot twist que ele possui. No entanto, se você for curioso (a) demais e não consegue se conter, siga por sua conta e risco, certo?

“Prairie Johnson é uma garotinha cega que desaparece. Sete anos depois, ela retorna, com a visão perfeita. A jovem tenta explicar aos pais o que aconteceu durante a sua ausência. Para a surpresa de todos, ela diz que nunca realmente se foi, mas estava em outro plano da existência… Num lugar invisível.”

Quando começamos a assistir o primeiro episódio, vamos tendo uma noção do ritmo que a história se desenvolverá. O tempo todo a série vai nos instigando a ponto de nossa curiosidade se elevar de uma maneira que somos fisgados pela narrativa, que me deixem pontuar é muito bem feita, pessoalmente me lembrou a narrativa de livro, pois realmente temos alguém contando uma história, a narrando para um grupo de pessoas do qual nós acabamos fazendo parte também.
Por algum tempo ficamos sem entender o que está acontecendo, é daquelas séries de desgraçar nossa mente, mas conforme a história vai sendo contada, as novas informações vão sendo somadas a anterior e as coisas começam a fazer sentido. A curiosidade nesse processo acaba sendo muito bem utilizada, pois quando as revelações chegam são tão surpreendentes que fazem valer todo o tempo em que estivemos intrigados e curiosos com a trama. A descoberta se torna algo gratificante. 
Leia também: Mr. Robot | Hello Friend (outra série de desgraçar a mente)
Os personagens são bem desenvolvidos e tudo o que acontece com eles geram grande tensão em nós, telespectadores, criamos, sim, conexões fortes com cada um deles e até de certa forma muita empatia. A atuação que mais causou uma boa impressão foi a da Brit Marling (Prairie), ela traz a tona tudo o que a personalidade da personagem representa, além é claro de tornar suas emoções tão palpáveis que sentimos o que a personagem tem passado. 



Um grande destaque da série, na opinião da pinguim, são os diálogos, eles são tão bem construídos dentro da trama, muitos nos trazem profundas reflexões que casam com o que está sendo desenvolvido na história. Há, de certa forma, uma profundidade em tudo o que é dito e podemos muito bem transportar tais discursos para a nossa realidade, isso, inclusive, é algo que a série faz através da narrativa da própria Prairie
A trajetória dela, o relato dela, é o que nos guia nessa busca por respostas e que nos leva também a vários ensinamentos. Falando nisso, as descobertas que temos vai se dando de forma gradual, pois descobrimos conforme a Prairie conta, não somos oniscientes, somos, como disse anteriormente, parte daquele grupo de pessoas que ela escolheu para contar a sua história. Não sabemos nenhuma informação de antemão, tudo o que sabemos os demais personagens também sabem, ao mesmo tempo. Vai dizer que isso não é demais? É um diferencial muito bem explorado pelos criadores.



Algumas cenas são bem impactantes, principalmente, por mexerem com nossas sensações, sentimentos e emoções, que, inclusive, se dá devido ao fato de que somos inseridos naquele cenário através da imersão que a narrativa proporciona. Os personagens vivem os acontecimentos, nós experimentamos suas experiência. É um tipo singular de conexão com os personagens e uma nova forma do telespectador sentir as coisas.
The OA aborda temáticas sobre a vida, sobre a morte e o limiar entre ambas. Aborda sobre as trajetórias e o quanto os obstáculos fazem parte delas. Aborda sobre dor e sofrimento. Aborda sobre escolhas. Aborda, principalmente, sobre os sacrifícios que às vezes são necessários. E todas essas abordagens são enriquecidas pelo visual impecavelmente lindo das cenas, pelos diálogos profundos, pela conexão única que temos com os personagens, pela narrativa da história que nos lembra uma fábula (o que torna a mesma mais interessante e gostosa de se ouvir) e PRINCIPALMENTE – em letras maiúsculas, sim, porque é uma das coisas principais – por trabalhar um pouco o lado místico a fim de explorar as ideias e teorias sobre a vida após a morte.
“Existir é sobreviver a escolhas injustas.” 
– Khatun (episódio 4)
Quanto a fotografia, não preciso dizer o quanto amei, a pinguim é meio que apaixonada pela parte visual de filmes e séries, e The OA trouxe algo distinto ao trabalhar os toques místicos, ao trabalhar com tons frios para incorporar os acontecimentos. Toda a parte visual da série é incrível e muito bem escolhida em função do tom que a história quer abordar. É, sem dúvidas, um espetáculo visual.
Gosta de ficção cientifica? Então, confira: Doctor Who | Simplesmente, não pisque
Em resumo, The OA é uma série fácil de viciar e de maratonar, a premissa é super interessante e passamos por novas experiências com a trama. Temos questionamentos que serão resolvidos, mas nossa curiosidade nunca será totalmente saciada, pois novas questões surgirão. Teremos grandes reflexões e ficaremos, sim, pensando bastante a respeito de tudo o que for levantado. 
Enfim, a Season Finale deixou muitos assuntos em abertos e questões sem respostas ao longo da temporada, o que eu espero é que na próxima, que aliás foi confirmada, essas pontas soltas possam ser bem amarradas, se não a história passará a ter grandes furos no roteiro, o que seria uma pena. No entanto, as cenas finais, foram de nos enlouquecer de tanta curiosidade, ficamos com a impressão de que a cena poderia ter continuado e somos interrompidos no meio dela, o que parece ser o propósito do diretor para que assim possamos ansiar demais pela confirmação do que realmente aconteceu.
The OA é muito doida e a pinguim adorou, então:
(4 de 5 pinguinzinhos)
Confira também a nota do IMDb:
The OA (2016) on IMDb

BÔNUS: Tem um episódio que tá passando Stranger Things na casa de um personagem. Referências are cool, vocês não acham?
Vamos tagarelar? Me digam o que vocês acharam de The OA, assistiram ou assistiriam? Tem mais alguma coisa que queira comentar sobre a série? Let me know (Me deixem saber!) até porque vocês já sabem que a pinguim é bem tagarela.

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10 Replies to “The OA | A narrativa que instiga curiosidade”

  1. Essa frase me ganhou demais ahahah

    Ouvi falar bem demais dela, mas justamente por causa da lista enorme de séries eu também acabei demorando, mas me arrependi de não ter visto antes.

    Beijos

  2. Impactada com essa frase aí sobre a vida hahahaha Eu sempre via ela lá e tadinha passava reto, mas depois de ver seu post me deu muita vontade de ver. Vou colocar na minha lista de séries para ver, já tá enorme mas como tem poucos ep fica mais fácil. Amei esse post de verdade! Beijo,
    Skyscrapers

  3. Eu tive que anotar essa frase, tirar print da tela porque meu deus, a profundidade dela deve ser apreciada aghahah

    Acredite, sei bem como é, pior que eu tô super atrasada em outras, então tá uma bagunça hahaha

    AAAAA, muito obrigada, espero que goste da série e que encontre aqui mais posts que te agradem <3

  4. Tinha como ser melhor definido? ahahahah

    Passei a gostar muito, aaaa meu deus, vou catar seu post sobre ela. É um tipo diferente de fé, né? E chega até de certo ponto ser de esperança <3
    A última cena do último ep é bem emocionante mesmo, achei perfeito essa cena. Eu tbm gostei do desfecho, mas acho que eles deixaram algumas coisas sem explicação em outros eps, sabe? Por isso, tô ansiosa para a próxima.

  5. "Existir é sobreviver a escolhas injustas." Nossa, que frase profunda!
    The OA está na minha lista de séries que quero assistir, mas é tanta série que quero assistir que as vezes da vontade de abandonar tudo e ir dormir hahahaha
    Adorei o seu post, ficou bem completo e só aumentou a minha vontade em assistir essa série. Já vou ir dar uma fuçada em outros posts desse blog 😀

  6. "é daquelas séries de desgraçar nossa mente" HAHAHAHAA AMEI! Eu AMO essa série, também indiquei ela no blog. Acho uma série muito bonita, e que a história tem muita relação com a fé. No sentido de acreditar mesmo no que está sendo contado, sabe? Eu achei a história e muitas cenas lindíssimas, tanto que me emocionei várias vezes, principalmente na última cena do último ep.
    Eu não sei se quero tanto uma próxima temporada. Achei que o desfecho ficou bom, faz a gente criar teorias e ficar pensando hahaha. Porém, vamos aguardar!
    Cheiro de Pipoca

  7. É uma série incrível e que aborda assuntos que eu gosto (vida após a morte), mas, como eu já te disse, eu não entendi nada. Já aceitei que sou ~meio trouxa~ mesmo e não entendo muito bem essas reviravoltas. Quando a série terminou eu fiquei bem "what???!" haha. Mas, de toda, forma eu estou ansiosa pela segunda temporada 🙂

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