Tempestade: Planeta em Fúria | Quando a ganância humana gera impactos negativos na natureza

Estreia hoje nos cinemas. Sem spoilers.
Dirigido por Dean Devlin, também conhecido por produzir Independece Day, seu novo filme Tempestade: Planeta em Fúria traz, em seus 109min de duração, muita ação com toques de ficção científica. Eventos catastróficos enchem a tela, temos um clima de tensão devido a tais eventos ao mesmo tempo em que somos instigados pelos mistérios que envolvem o sistema de satélites. É uma mistura que funciona bem na hora de manter nosso interesse pela história contada no longa.

Vamos a sinopse? 

A ocorrência cada vez mais frequente de eventos climáticos capazes de ameaçar a existência da humanidade faz com que seja criada uma extensa rede de satélites, ao redor de todo o planeta, de forma a controlar o próprio clima. Este sistema construído a partir da cooperação de 17 países é coordenado pelo engenheiro Jake Lawson (Gerard Butler). Após anos de dedicação, ele é afastado da função devido a questões políticas e, em seu lugar, é nomeado seu irmão Max (Jim Sturgess). Três anos depois, falhas pontuais provocam uma forte nevasca em pleno deserto no Afeganistão e altíssimas temperaturas em Hong Kong, que matam centenas de pessoas. Jake é então convocado para descobrir o que está acontecendo.

O filme tem uma história interessante, abordando temáticas que requerem um olhar mais reflexivo da nossa parte. Por trabalhar com os desastres naturais e os impactos globais que nossas ações geram, a trama permite que possamos analisar em uma situação extrema, é claro, o que pode ser um futuro do planeta em que vivemos. Mais e mais a Terra é explorada de uma forma desenfreada, sem ser levado em consideração o impacto negativo que isso tem gerado na flora, na fauna, no clima e nos ecossistemas. Tanta exploração vem debilitando nosso Planeta e podemos ver isso com as próprias alterações climáticas em decorrência do aquecimento global. Não será uma surpresa chegarmos a uma realidade tão caótica quanto a do filme, caso não modificarmos a nossas ações.
Precisamos pensar a respeito de sustentabilidade e de preservação, precisamos medir o impacto que nosso avanço tem causado a natureza, precisamos cuidar melhor da Terra, um lar nosso e de muitas outras espécies, aliás precisamos, acima de tudo, ter consciência de que não somos superiores a outras espécies, portanto, não temos direito algum de interferir em seus habitats. Está mais do que na hora de respeitarmos a Terra e toda forma de vida que habita nela. E, Tempestade: Planeta em Fúria serve de alerta a um futuro que não é tão remoto quanto pensamos, então, é preciso que nós venhamos a gerar consequências mais positivas do que negativas
O longa não nos diz quais eventos levaram até aquele cenário e nem precisa, pois temos todas as ferramentas para alcançar a resposta, em alguns outros filmes do gênero, inclusive, as causas foram temáticas centrais de suas tramas. Uma coisa que me surpreendeu é que o filme se revela mais do que aparenta ser, quando assisti ao primeiro trailer, não imaginava o rumo que a história iria tomar, nem quais outras temáticas seriam abordadas, a experiência de descobrir isso ao decorrer do filme foi extremamente importante. 
A história é carregada de clichês, o que não é algo necessariamente ruim, dependendo da forma com que os utilizam, em Tempestade: Planeta em Fúria temos situações em que a escolha por clichês caiu bem, entretanto, em outras não foi a melhor opção, uma vez que tornou possível prever alguns acontecimentos, tirando, portanto, a surpresa. No entanto, quando utilizado no momento certo, os clichês serviram ao seu propósito dentro da construção da trama, sendo a ganância humana como parte da personalidade do vilão da história, uma boa representação disso. Inclusive, nos faz pensar a respeito do quanto nossa ganância é um dos fatores que motivam a exploração desenfreada da Terra.

As cenas de ação são bem rápidas e explosivas, o que acaba sendo de extrema importância para o ritmo do filme. Em determinados momentos, temos as cargas emocionais dos personagens, levando, portanto, a narrativa para o lado mais dramático. Quando a trama consegue inserir ações ritmadas, tem-se, portanto, a quebra do drama e também da tensão gerada pelos eventos catastróficos. Encontra-se, então, um equilíbrio, um balanceamento, que devemos também a inserção de um humor causador de divertimento. Esse balanceamento consegue ser um dos responsáveis por manter nossos olhos vidrados na tela.
Quanto aos personagens, vemos uma construção gradual dos relacionamentos que possuem entre si, além de presenciarmos a evolução de suas histórias, o que nos permite criar laços e abrir espaços para que momentos de emoção nos atinja em cheio. A comoção vai te alcançar, a Pinguim garante!

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Os efeitos especiais, não são tão impressionantes, mas também não são ruins. As cenas em que vemos os desastres acontecendo não ficaram surreais, conseguimos perceber um tom mais realístico. O maior destaque da Pinguim quanto a questão técnica é o quão belíssimas são as cenas no espaço e/ou na estação de satélites, temos as fotografias mais impressionantes do longa nesses momentos.

Temos em Tempestade: Planeta em Fúria uma história que começa, se desenvolve e conclui de uma maneira completa. A narrativa que inicia com o filme tem seu fechamento no termino dele, ou seja, a personagem reflete sobre a atual condição da humanidade e da natureza no começo e no fim, o mais incrível disso é a profundidade que suas falas carregam, produzindo em nós grandes reflexões. 
Enfim, há algumas ressalvas quanto a Tempestade: Planeta em Fúria, o humor que diverte em várias situações, não foi bem dosado em outras, não sendo, portanto, engraçado nestes momentos específicos. Uma coisa que me incomodou um pouco foi a representatividade estereotipada de algumas nacionalidades. E por fim, o filme não é inovador, não teremos novos elementos e nem situações nunca vistas antes, mas devo dizer que o longa cumpre o seu propósito ao entreter, fazer refletir e gerar muitas sensações no seu espectador.  
Devido a tudo isso, o filme recebe:
(3 de 5 pinguins)
Confira também a nota do IMDb:

Geostorm (2017) on IMDb

Nota divertida: Quando estávamos saindo do cinema, meu namorado e eu, nos deparamos com uma tempestade, estava trovejando e ventando muito. Ficamos brincando que a Warner estava fazendo um ótimo trabalho com o Marketing do filme porque parecia mesmo que aquela tempestade iria acabar com o mundo. 

Mas, enfim, tagarelem comigo, vocês tem vontade de assistir a Tempestade: Planeta em Fúria? Gostam dessa temática? O que pensam a respeito do fim do mundo? O que acham sobre os impactos que nós seres humanos temos causado aos ecossistemas? Podemos tirar grandes reflexões, não é mesmo? Então, deixem as suas nos comentários.
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Até a próxima tagarelice e lembrem-se o ser humano tem o dom  de transformar qualquer coisa em arma.

3 Replies to “Tempestade: Planeta em Fúria | Quando a ganância humana gera impactos negativos na natureza”

  1. Tempestade – Planeta em Fúria toca em pontos importantes e também é uma boa escolha para quem busca algumas horas de bom entretenimento no fim de semana. Sinceramente os filmes de ação não são o meu gênero preferido, mas devo reconhecer que Tempestade: Planeta em Fúria superou minhas expectativas. Adorei está história, por que além das cenas cheias de extrema e efeitos especiais, realmente teve um roteiro decente, elemento que nem todos os filmes deste gênero tem.

  2. Eu acho muito interessante, principalmente se criticar as ações humanas. Devo dizer que achei que seria só entretenimento mesmo, mas confesso que me surpreendi, não é nada muito uau, mas é bem bom e tem uma narrativa bastante interessante (:

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