Mr. Robot | Hello Friend


Começou com uma premissa um tanto quanto diferente, já é uma das queridinhas a melhor do ano. Não é pouca coisa, hein. Garanto que merece ao menos a sua atenção. Então, prontos para sofrerem um impacto?

A série é uma grande produção da USA network, possui dez episódios, recentemente encerrou sua primeira temporada e uma segunda já foi confirmada. A história gira em torno de Elliot Andersen, que trabalha como cybersecurity para uma empresa, em contra partida utiliza de seu vasto conhecimento para hackear a vida pessoal das pessoas ao seu redor e assim sente-se conectado a elas. Elliot sofre de um transtorno antissocial, por conta de seus problemas psicológicos faz uso de morfina, além de suboxone (para não tornar-se um viciado). O maior foco da sua vida passa a ser destruir uma das maiores corporações do mundo: a E corp que é chamada de Evil Corp por Elliot. E por conta disso, é recrutado por um grupo de hackers, denominados Fsociaty. Aí é que o circo começa a pegar fogo!

Mr. Robot têm uma pegada muito legal e diferenciada da qual tenho que destacar: quando estamos assistindo e acompanhando a trama somos utilizados como elemento dela, ou seja, por vezes existe um dialogo do personagem conosco, isso até mesmo se dá ao fato de que somos criação da mente de Elliot. O que nos remete a outra coisa ainda mais genial, como somos parte dele passamos a ver o mundo através de sua visão, como se estivéssemos dentro de sua cabeça (e essa é a grande jogada da série). Deixe-me te contar uma coisa, isso funciona perfeitamente bem porque na história é esse o nosso papel.

Por vezes, esta visão que Elliot tem do mundo e das coisas é difusa. É bem realista, mas também essa realidade é aumentada por Elliot. Por isso, somos confundidos, pois somos levados a duvidar de tudo. A não confiar em todo mundo. Então, é lógico afirmar que a subjetividade se faz presente em massa no contexto da história.  

Acompanhar como é sofrido muitas coisas para Elliot, nos faz repensar e talvez até deixar o julgamento de lado, até porque é como presenciar isso em nós mesmo. Tamanho é a conexão entre o espectador e o personagem. Caminhamos no trajeto dele, passando pelas dores, problemas e sofrimento. O fato de as dores mentais serem intensas demais, me leva a crer que é por isso que ele usa morfina, como entorpecente. E é chocante o tamanho dessas dores. Há partes em que isso é fortíssimo. Impossível não ter ligação com ele, já que parece que partilhamos dessa imensa dor.

A grande critica presente se deve ao capitalismo exacerbado, que vem a tona como a representação dessa grande corporação. É como o mal do capitalismo encarnado e na maioria das vezes somos apresentados as consequências desse capitalismo, vemos a ganância crescendo em alguns, como a hierarquia geralmente funciona e pela visão de Elliot passamos a ver como é estar aprisionado dentro deste sistema. Em todo tempo, a inteligência do espectador é subjugada pelas questões que se apresentam.

Existe uma ótima estrutura, a trama flui muito bem no tempo certo. Brinca com a realidade, a passagem do tempo e até mesmo com a nossa cabeça. Realmente, não é parecido com nada que já vimos. Além de a história ser centrada no Elliot há muitos personagens muito bem formados, que em paralelo desenvolvem sua história. São figuras importantíssimas, pois convergem de alguma forma para a de Elliot. Mas, não os citarei. Sim, quero que vocês fiquem curiosos e descubram sozinhos esses personagens interessantes. Ah, e para instigar ainda mais a curiosidade, tomamos mais conhecimento do universo da computação, programação e esse lado hacker. Aposto que vai ser uma experiência boa saber um pouquinho mais sobre. E você vai querer fazer parte da Fsociaty, sem dúvidas, você vai.

O piloto já começa com tudo, com uma grande premissa e isso não reduz com o passar dos episódios, pelo contrário aumenta mais e mais. E o desenvolver não decepciona desde o piloto até o final da temporada. É de tirar o folego. A série cumpre seu propósito como thriller psicológico, apresentando mistérios surpreendentes e momentos reveladores, alta tensão em inúmeros segmentos. Então é claro que como candidata a melhor do ano, eu assino embaixo, circulo e passo até marca texto, pois de fato é merecido.

Enfim, qual seria a minha nota senão 5 pinguins?


(5 de 5 pinguins)

Quem não assistir, vai ser hackeado. Se eu fosse você, iria dar um jeito de ver logo. Com certeza, vocês não conseguirão parar de ver. Altamente viciante. Contem-me nos comentários, se acompanham a série ou não. Pretendem acompanhar? Se gostaram da resenha, compartilhem <3

Até a próxima tagarelice!

9 Replies to “Mr. Robot | Hello Friend”

  1. Tanto a primeira quanto a segunda temporada é algo incrível, né? Uma das séries mais inteligentes que eu vejo, junto com Doctor Who, que eu indico muito, hahah. Simm, eu amo essa narrativa em primeira pessoa e cada plot twist é um tiro ahah

    Eu confesso também, até porque não precisa muito para mim ficar meio paranoica hahahah

    Beijoss, vic

  2. Estou na segunda temporada e só tenho coisas boas a falar! É uma série muito inteligente, né? E, como você comentou, a grande sacada é a narração em primeira pessoa, porque não temos certeza de que tudo é 100% real ou se foi inventado pelo Elliot. Tirando os inúmeros plot twists, que te deixam sem chão. HAHAHA

    Confesso, ainda, que fiquei um tanto quanto paranoica com questões de segurança cibernética depois de ter começado a assistir à "Mr. Robot".

    Beijos,
    Attraversiamo

  3. Perdi as contas de quantas vezes já me falaram bem dessa série. E seu post só me fez ficar com mais vontade ainda.

    Não sabia dessas peculiaridades do roteiro. Parece ser genial.

    Amei o post! <3

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